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segunda-feira, 25 de abril de 2011

UFSC organiza debate no Dia mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho


Em 28 de abril de 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia marcou a data como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho. Encampando essa luta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho instituiu em 2003 o 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho. A UFSC marca a data na próxima quinta-feira, em debate na Sala dos Conselhos, a partir de 14 horas. A promoção é da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS).


Segundo a médica do trabalho da UFSC Edna Maria Niero, as questões que associam saúde e trabalho deixaram de dizer respeito exclusivamente à relação entre trabalhador e empregador, passando a ser também um objeto da saúde pública. Ela lembra que em 2006 o governo brasileiro adotou oficialmente a data de 28 de abril também para alertar e impulsionar a sociedade sobre a necessidade de desenvolver formas de trabalho decente, preservando a vida e promovendo a saúde.



"O direito universal à saúde é uma conquista da cidadania brasileira, garantida na Constituição Federal, em seu artigo 196, como um direito de todos e um dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas", ressalta a médica. Edna complementa lembrando que a saúde do trabalhador está contemplada no âmbito deste direito na Carta Magna, disposta em seu artigo 200 como competência do Sistema Único de Saúde (SUS).



Vítimas
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, em todo o mundo cerca de 270 milhões de trabalhadores são vitimados em decorrência de acidentes de trabalho todos os anos. Cerca de dois milhões perdem suas vidas no trabalho, com cinco a seis mil mortes por dia, três vidas perdidas a cada minuto. Doze mil vítimas são crianças.



No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), obtidos no site do Ministério da Saúde, somente entre trabalhadores formais, com vínculo celestista, que correspondem a 30% da população economicamente ativa, foram contabilizados 747.090 acidentes no ano de 2008. As principais incidências são ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, incluindo amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento - ocorrências que poderiam ser evitadas com investimentos em máquinas mais modernas, dispositivos de segurança, capacitação dos trabalhadores e processos de produção mais adequados. A indústria e serviços tiveram participações de 45% e 44%, respectivamente. Os números aplicam-se exclusivamente aos assalariados com regime CLT e segurados pelo INSS.

Mais informações: Edna Maria Niero / Médica do trabalho/UFSC / ednamaria@reitoria.ufsc.br / (48) 3721-9036


Fonte: UFSC 

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Segurança dá trabalho. A falta dela, desemprego.